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Voz no Deserto

Conhecendo a Palavra de Deus aplicada aos últimos tempos

As Festas Judaicas e as Profecias da Volta de Jesus

Byelmar_ricardo

Out 3, 2023

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As Festas Judaicas e as Profecias da Volta de Jesus

Introdução

As Sete Festas Judaicas são um conjunto de celebrações religiosas que são observadas pelo povo judeu desde os tempos bíblicos. Essas festas são descritas no livro de Levítico, no capítulo 23.

As Festas Judaicas são um ciclo de sete festas que celebram a história da salvação, desde a libertação dos israelitas do Egito até a vinda do Messias. Essas festas são proféticas e apontam para a volta de Jesus Cristo.

Os Cristãos não têm nenhum dever ou compromisso de observar ou celebrar essas festas, mas o entendimento do seu significado traz um ganho tremendo para a Fé. Além de ampliar nosso entendimento sobre as festas com o tempo em que Jesus irá voltar.

As sete Festas instituídas têm uma simbologia importante, onde as quatro primeiras, que ocorrem na primavera durante as épocas de plantio e colheita da cevada, já foram cumpridas por Cristo na sua Primeira Vinda, e que as três seguintes, que ocorrem no outono durante o período da colheita do trigo, se cumprirão profeticamente em sua Segunda Vinda.

As quatro primeiras Festas são também conhecidas como “as primeiras chuvas” ou “chuvas temporãs” (primavera) e as três Festas seguintes são conhecidas como “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia” (outono), dessa forma, esses dois períodos de chuvas estão relacionados a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo (leia  Oséias 6.3 ,  Joel 2.23 ,  Deuteronômio 11.10-17  e  Tiago 5.7-8 ). Veremos que essas Festas são ensaios feitos por Israel, das várias partes do plano de Deus para a humanidade.

Para compreender melhor as Festas e seus significados proféticos, vamos precisar entender melhor o calendário judaico, pois diferente de nós que temos um calendário solar, o judaico é baseado no ciclo lunar; dessa forma, cada mês começa com o surgimento da lua nova e cada dia começa com o surgimento da Lua (muitas vezes confundido com o pôr do Sol).

Na imagem abaixo podemos observar um gráfico com as festas judaicas em uma ordem cronológica. Ela vai nos dar a base necessária para entendermos melhor o que cada uma representa. Vamos agora analisar cada uma das Festas em detalhes e seu significado profético.

Páscoa

A Páscoa é uma Festa que lembra a libertação do povo Judeu da escravidão do Egito, para nós Cristãos, nos lembra de nossa libertação da escravidão do pecado através de Cristo. Jesus é o Cordeiro Pascal definitivo e provido por Deus para a salvação dos homens, conforme profetizado durante todo o Antigo Testamento, desde a queda do homem.

O cordeiro tinha de ser sacrificado no crepúsculo ou no início do entardecer, o horário das 3 da tarde (a hora nona) era a divisão entre a Oblação (oferta) menor e a Oblação (oferta) maior. Jesus foi crucificado às 9 da manhã e morreu (expirou) às 3 da tarde (Marcos 15.25 ), sendo sepultado as 6 da tarde daquele mesmo dia.

Na pessoa de Cristo, essa Festa teve seu cumprimento máximo, na Cruz, onde foi cravada a cédula de nossa dívida com Deus (Colossenses 2.14).

Pães Asmos

A Páscoa é seguida de uma semana de Festa dos Pães Asmos (não levedados). No Antigo Testamento, fermento poderia ser leite; ovo ou qualquer outro ingrediente que, ao ser adicionado na massa, poderia causar a fermentação. Normalmente o fermento é a “levedura”, e a massa se leveda quando é adicionada outra massa contaminada, nessa massa fresca e pura ( Gálatas 5.9 ).

O termo fermento ou levedo, no seu sentido mais amplo, é qualquer coisa que pode causar uma mudança numa massa maior. Referente às escrituras, é qualquer coisa que corrompe um ingrediente quando é adicionado.

E no caso de Cristo, o que isso representa? Vejamos:

  • Ele é o Pão da Vida.
  • Ele não teve fermento.
  • Ele foi açoitado, dilacerado, traspassado e moído por nós. Curiosamente o Matzo (pão sem fermento) é cheio de sulcos na aparência, o Matzo é perfurado para que o calor do forno possa passar por todo seu interior e o Matzo é feito de semente esmagada.

Em Cristo a Festa dos Pães Asmos foi cumprida, pois ele é o Pão da Vida sem fermento, do qual devemos nos alimentar continuamente para termos vida e vida em abundância.

 Primeiros Frutos (Primícias)

Durante o ano existiam alguns sábados (“Shabat “) extras conhecidos como “Shabaton” ou como “O Grande Shabat “. Esses sete “Shabaton” extras caíam em dias especiais do calendário e não exatamente nas noites de sextas-feiras.

A Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias teve seu cumprimento em Cristo através de sua ressurreição nesse dia, sendo assim Ele é o primogênito entre os mortos ( Colossenses 1.18 ) para a vida eterna, Ele foi feito a primícias dos que dormem ( I Coríntios 15.20 ).

As manifestações descritas em  Mateus 27.52-53  foram as Primícias de Cristo oferecidas a Deus Pai, aqueles santos que ressuscitaram foram os primeiros de uma imensa colheita que está para acontecer. A Festa das Primícias é a terceira e última Festa que Jesus cumpriu pessoalmente na Terra. Jesus estava presente fisicamente na Páscoa, nos Pães Asmos e nas Primícias. Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40 dias, 10 dias antes do Pentecostes. Ele ainda virá fisicamente cumprir mais três Festas.

Pentecostes

Depois das Primícias conta-se o Omer (feixe), a contagem dos 50 dias é chamada de “contando o Omer “, contando os feixes. A nação de Israel ressuscitou quando saiu das águas do Mar Vermelho e 50 dias depois Deus deu a eles a Lei, a Torah. Jesus ressuscitou e 50 dias depois Deus nos concedeu o Ruach Ha’Kodesh (o Espírito Santo). Ambos os casos citados tem o mesmo propósito ( João 16.13  e  Gálatas 5.22-23 ).

A Festa hebraica é chamada Festa do Shavuot.  Shavuot significa “semanas” e se refere as semanas que estão entre as Festas das Primícias e do Pentecostes.

Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos” era movido perante Deus, exatamente como Jesus, sem pecados, foi movido (levantado) diante do Pai. No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante de Deus. Já que os dois pães contem levedura (fermento), o que eles representam?

Os dois pães são as duas partes da Igreja, a judia e a gentia, mas ambas contêm pecado. O término dessa quarta Festa traz o encerramento das Festas das primeiras chuvas, as chuvas temporãs. Jesus falou sobre o Pentecostes em vários momentos, inclusive no dia de sua Ascenção ( Atos 1.4-9 ).

Podemos resumir as 4 primeiras Festas da seguinte forma:

  1. Páscoa: Convocação pela morte do Messias.
  2. Pães Asmos: Convocação pelo sepultamento do Messias.
  3. Primeiros Frutos (Primícias): Convocação pela ressurreição do Messias.
  4. Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder ao povo dado pelo Messias.

Trombetas

O dia 1 de Tishrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ou ainda o Rosh Ha’Shanah (Cabeça do Ano, o dia do Som do Shofar). Essa é a única Festa que começa com a Lua Nova.

O Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Como todos os meses do calendário, o primeiro dia de Tishrei começa com o brilho de uma lua nova.

Os vigias no oriente de Israel ficavam observando até que surgisse o primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido rapidamente de vigia em vigia até chegar no Templo. O sacerdote ficava em pé no parapeito a sudeste do Templo e soava o Shofar para que fosse ouvido em todo vale ao redor.

Assim que o sacerdote soava o Shofar, os tementes a Deus, verdadeiros servos, interrompiam imediatamente a colheita, mesmo que ficasse ainda mais para ser colhido, deixavam tudo lá mesmo, no campo. Era época de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o Templo, para adoração do dia de ano novo, a Festa das Trombetas.

  1. Jesus usou essa ilustração para descrever a sua Segunda Vinda. Paulo associa claramente o “soar das trombetas” com a Segunda Vinda de Cristo sobre as nuvens ( I Tessalonicenses 4.16-17 e  I Coríntios 15.51-52 ).
  2. Isaías associou o uso do  Shofar  com a vinda do Messias ( Isaías 51.9). Paulo associou o despertamento estrondoso com o  Shofar  e com o arrependimento dos pecados e citou Isaías 60.1 em  Efésios 5.14-17 .

Expiação

A palavra expiação, kipper, literalmente significa “cobertura do pecado”. A oferta pelos pecados oferece o perdão de Deus ao ofensor, uma expiação pelo pecado.

Ele é chamado de “O Sabbath dos Sabbaths”. Esse é o dia em que todo Israel chora por seus pecados. Esse é o único dia do ano em que o sumo-sacerdote entra no santíssimo lugar ou “santo dos santos”, o lugar mais sagrado.

Deus revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria ensinar o perdão de todas as dívidas; a libertação daqueles que estavam em algum tipo de servidão e o retorno das possessões.

Quando Ele instituiu o Ano do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur teria que ser um jubileu mesmo, ou seja, um júbilo. Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição, no entanto essa celebração ainda não foi realmente celebrada de verdade. Israel ainda aguarda a celebração completa do seu primeiro Jubileu, que vai acontecer quando o Messias retornar.

O Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra Kaphar que quer dizer “cobrir”. Jesus é a nossa propiciação ou cobertura, Ele é a nossa expiação que apaga completamente os nossos pecados.

Tabernáculos

A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot é também chamada de “Festa das Tendas” ou “Festa das Cabanas” (Sukkahs). A Festa do Senhor e a Festa do Recolhimento da Colheita.

Essa é a terceira das Festas da colheita, uma grande temporada de júbilo e alegria. A Festa comemora a provisão e o abrigo de Deus durante o êxodo e ilustra Sua habitação no mundo porvir, a Nova Jerusalém. A Festa dos Tabernáculos continuará a ser celebrada durante o reino milenial de Cristo ( Zacarias 14.16-19 ).

O sétimo dia da Festa dos Tabernáculos foi chamado de Hosha’Na Rabba, que significa o Dia da Grande Hosana. Assim como todos os dias os sacerdotes derramavam água no Templo durante a Festa dos Tabernáculos, Jesus também se colocou no monte do Templo e declarou ser a verdadeira Água da Vida, a Vida no Espírito, estava sendo derramada de dentro Dele mesmo.

Durante a Festa dos Tabernáculos, o Monte do Templo ficava impressionantemente iluminado com muitas tochas e lanternas. No Templo completamente iluminado Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira Luz. Essas tradicionais alusões à água e à luz, como aqui mencionados, lembram parte do descritivo da Nova Jerusalém que desce do céu, conforme está escrito no livro de  Apocalipse 21.9-27 .

Jesus em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro tabernáculo que habitará perpetuamente entre os homens.

Lições para a igreja nos dias de hoje

As Sete Festas Judaicas são um lembrete de que Deus tem um plano para a história da humanidade. Jesus Cristo é o cumprimento dessas profecias e o centro da nossa fé.

A igreja deve estar atenta às profecias da volta de Jesus Cristo. Devemos viver uma vida piedosa e estar prontos para o Seu retorno.

Além da lição de que devemos estar atentos às profecias da volta de Jesus Cristo e viver uma vida piedosa, as Sete Festas Judaicas também nos ensinam outras lições importantes, como:

  • A importância da redenção. A Páscoa nos lembra que Jesus morreu na cruz para nos redimir dos nossos pecados. Ele é o Cordeiro Pascal que nos libertou da escravidão do pecado.
  • A importância da pureza e da santidade. Os Pães Asmos nos lembram que devemos viver uma vida pura e santa, pois Deus é santo.
  • A importância da esperança. As Primícias nos lembram que Jesus é a primeira das primícias da ressurreição. Ele ressuscitou dos mortos e nos dá a esperança da vida eterna.
  • A importância da capacitação do Espírito Santo. O Pentecostes nos lembra que o Espírito Santo nos capacita a viver uma vida santa e a testemunhar sobre Jesus.
  • A importância do julgamento de Deus. As Trombetas nos lembram que Jesus voltará para julgar os vivos e os mortos. Devemos nos arrepender de nossos pecados e nos voltar para Deus.
  • A importância do perdão dos pecados. A Expiação nos lembra que Jesus morreu na cruz para pagar a pena pelos nossos pecados. Ele nos oferece o perdão gratuito e completo.
  • A importância da presença de Deus. O Tabernáculos nos lembra que Jesus é a presença de Deus entre nós. Ele nos ama e está sempre conosco.

Conclusão

As Sete Festas Judaicas são um presente maravilhoso de Deus para a Sua igreja. Elas nos ensinam sobre a história da salvação e nos preparam para a volta de Jesus Cristo.

Que possamos celebrar essas festas com alegria e gratidão, e que possamos viver nossas vidas de acordo com os ensinamentos que delas aprendemos.

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By elmar_ricardo

Servo do Senhor Jesus que tem a missão de trazer luz e esclarecimentos a todos que queiram entender melhor a palavra de Deus e os sinais do final dos tempos.

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